domingo, 21 de abril de 2013

A moda e os desfiles beneficentes...

Eu trabalho com moda, fotógrafos, modelos e estilistas 95% do meu tempo, mas confesso que, às vezes, nos 5% restantes, me meto em algumas roubadas. Eventos beneficentes com socialites desfilando, por exemplo. É claro que o objetivo sempre é nobre e devemos ajudar, mas qdo. misturam benemerência com moda, aparecem alguns egos inflados, e todo mundo a-do-ra aparecer nas colunas sociais como benfeitor(a) de lares, creches, asilos e associações necessitadas,o ti-ti-ti em torno das pessoas que organizam esses eventos é tão grande que me pergunto se as mesmas fariam isso anonimamente...(mas posso estar sendo maldosa ou injusta, afinal, tirando fora as socialites que só querem dar close nas festas, tem as que realmente se doam e angariam muitos fundos pra essas causas sociais, portanto, nada de julgamentos por aqui!)
"Só um golinho pra descontrair na passarela"..
Como eu já frisei, o objetivo é nobre, mas o caminho pra se chegar lá é tortuoso...e as senhoras da sociedade dependem, pro babado todo acontecer, de quem meta a mão na massa de graça (afinal,o evento é beneficente!!) o que equivale a providenciar TUDO, checar toda a parte técnica, supervisionar todos os profissionais e serviços contratados e gastar um tempo que não se tem, enquanto as organizadoras do evento estão se arrumando no salão de beleza (ah, mas a minha parte não era só organizar as roupas???pq tenho de brigar com a equipe de som que esqueceu de instalar um microfone pro apresentador?e tb vou ter de limpar o camarim pois a funcionária da limpeza faltou justo nesse dia? e tb faltaram cadeiras pq venderam mais convites do que a casa comportava? e kd as cadeiras extras?produção????e pq as socialites que vão desfilar não chegaram? o desfile já está atrasado mais de 40 minutos e alguns convidados já estão reclamando...),enfim, bancar a "promoter" nunca esteve nos meus planos, mas às vezes acontece. Porque eu gosto de ser otária solidária e fazer a minha parte, mesmo que ela seja insignificante, e pq todo mundo pode fazer um pouquinho,porém...
Organizar desfiles de socialites é um dos meus maiores terrores:
"Somos ricas, lindas, solidárias, adoramos champanhe e tb sabemos desfilar!"
O programa da Band, em sua segunda edição, está apenas ilustrando este post pq lembrei da declaração de uma delas pra imprensa: "Ah, eu não trabalho, eu só desfilo em eventos beneficentes"-Puxa, desfilar é um trabalho, a profissão de modelo está regulamentada por lei e garanto a vcs que as gurias ralam muito até se tornarem alguém, isso qdo.conseguem...Ah, mas o post não é sobre isso, deixa pra lá!
Fazer caridade/ajudar os necessitados é uma coisa, usar isso pra se promover ou tentar justificar uma vida rica de bens mas pobre de propósitos e valores, é outra bem diferente. Trabalho social é algo maior do que isso, não é só pra preencher o tempo ocioso, muito menos pra garantir o nome e a fotinho na revista ou no jornal..
E deveria ser maior, inclusive, que o ego de muitos envolvidos.

PS.Saudades de Narcisa, ai que loucura!!!! Eike Batista!!!!

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Direto do Jurassic Park!!!

No início dos anos 90 eu era uma jovenzita faceira, já formada em Direito e vivendo um dilema entre seguir o mundo da moda ou enfrentar a carreira jurídica-papi me obrigou a cursar a Escola Superior do Ministério Público para que eu virasse promotora, fiz o concurso e rodei, depois tentei um pro TRF e passei..assumi?Claro que não..eu era uma errante pelo mundo, a ovelha negra de uma familia onde todos passaram em concursos públicos e tinham vidas confortáveis, estáveis, férias e todos os demais direitos assegurados, enquanto que eu vivia de bicos e cachês, sem horários definidos, sem saber qto.ganharia no mês seguinte, numa vida desregrada e maluca,viajante e andarilha,com pouca grana e muita disposição, mas era tãão feliz...E nessas idas e vindas eu ganhava uns trocos como modelo, até descobrir que trabalhar nos bastidores, com produção, era bem mais a minha cara. E o mundo jurídico, claro, foi pras cucuias...
Semana passada uma modelo dessa época postou a foto abaixo no FB, onde não tenho perfil, diga-se de passagem:
Este grupo de gaúchas desfilou junto por mais de 10 anos...Aqui estamos todas num camarim, aguardando o inicio de um desfile de alta-costura, alguém já me reconheceu ali no meio???
Ficamos conhecidas como as "dinossauras", e até hoje somos lembradas por aqui, os jornais e revistas locais nos citam como exemplo pra quem está começando na carreira.O RGS é celeiro de modelos, todo mundo sabe, mas não pensem que ficamos famosas ou coisa parecida, nada disso..nenhuma de nós tinha pretensões artisticas, ninguém chegou aos pés de uma Gisele, éramos apenas um grupo de magrelas altonas que estudavam e tinham outras atividades paralelas a esse trabalho no mundo da moda. A gente só queria ganhar o nosso dinheirinho.Ninguém pensava nisso como carreira, mas a gente vivia disso, dava pra pagar as contas, os livros da faculdade e até fazer uma farrinha... Os anos foram passando, nós continuávamos desfilando,e casando, e tendo filhos...e ficamos juntas por mais de uma década!
Hoje ainda temos algum contato entre nós, não com todas, obviamente, pois as pessoas se mudam, algumas estão no exterior, outras sumiram, mas geralmente a maioria se acha via FB, e-mail,enfim, quem tem alguma afinidade sempre mantém a amizade, não é mesmo?
Ver essa foto me deu uma baita nostalgia e saudades das gurias, mas sem uma sombra de tristeza.
Ao contrário, eu era bem feliz, e sabia...

terça-feira, 9 de abril de 2013

Cartucheiras e outros detalhes..

Olhem bem a foto acima: vcs conhecem alguém que usa algo assim? (não me refiro a aparelhos antigos, mas ao hábito de pendurar coisas no cinto como esses estojinhos, tipo cartucheiras)
Fico impressionada com a capacidade que os homens têm de pecar nesses pequenos detalhes, nunca vi mulheres pendurando celular no cinto (já vi colocarem no decote, lembram da Larissa Riquelme?), até pq hoje em dia os aparelhos estão mais fininhos, cabem em qualquer lugar...
"É que eu não carrego bolsa, gente!"
Pois é, com tantas pastas e mochilas moderninhas, com tantos bolsos nas roupas (nos peitos tb não vale, viu srta.Riquelme?), não é possivel que ainda existam esses estojinhos presos ao cinto, me lembra aqueles homens-bomba cheios de artefatos presos à cintura..fica bom, não!
Pochete não é a solução e já aproveito pra lembrar que regata, fora da academia ou da praia, tb fica uó, tá guris? Vamos prestar atenção aos detalhes pra não cometer um atentado à própria elegância...
Sempre é possivel dar uma melhorada no visual, não é mesmo? Gravatas, por exemplo, precisam ter o comprimento certo, senão ficam estranhas. O ideal é que a ponta não passe da fivela do cinto/cós da calça:
Aquele alfinete à direita eu dispensaria...o acessório da vez são as abotoaduras!
O comprimento da calça, principalmente a social, tb deve ser observado:
Aprendam a fazer bainha, guris!
E falando em calça, as muito apertadas, "repartindo os documentos", como a do cantor Gustavo Lima (quem???) , estão fora de questão:
Coisa feia, ficou pior que as "patas de camelo" das mulheres com calça apertada...
Bom, e sobre as cuecas, hein? Eu curto as boxer, mas, só pra me contrariar, o que eu mais vejo nos camarins, qdo.os modelos começam a tirar a roupa antes dos desfiles (quem disse que a gente não olha?), é isso aqui,ó:
Os guris se preparando pro show..vermelha não pode, meu filho!
Fio dental tb não, pelamorrrr....
Tem gosto pra tudo, então quem sou eu pra julgar? Quer usar slip, fio dental, samba-canção? Usa, ué! Mas uma boa boxer branca deveria ser obrigatória na gaveta de qualquer bofe que se preze...
Ainda mais se o bofe em questão for esse aqui...
Sorry,Vic, não pude resistir...

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Genderless

Taí, se tem uma coisa que eu gosto na Moda é que ela quebra paradigmas, tenta romper preconceitos, traz um novo olhar sobre as pessoas, quem elas são ou gostariam de ser/parecer.. Sacode a poeira da mesmice e não deixa ninguém parado, acomodado. Futilidade para alguns, ganha-pão de muitos outros, num setor que está evoluindo e gerando cada vez mais empregos, formais e informais. Ela faz com que todo mundo se acostume a uma palavrinha fundamental para quem pretende entender esse meio: MUDANÇA.
A moda não muda o tempo todo? Pois é. A gente tb deveria, pra rever nossos conceitos, nos despir dos preconceitos e crescer como pessoas.
Uma das mudanças mais legais, na minha opinião, é esse movimento "genderless", onde o gênero não importa, que interessa se a criatura tem peito ou pinto? Ou os dois? O importante é a essência, é tornar-se quem se é, como já ensinava o Nietzsche..
O modelo sérvio Andrej Pejvic desfila às vezes como menino, às vezes como menina, ao gosto do cliente!
Lea T. era menino, agora é menina, e está em várias campanhas de moda.Aqui aparece na capa da Love, beijando a colega Kate |Moss, outro ícone do mundinho fashion...
O mesmo look para ele e para ela: viva o unissex pra quem curte o unissex! Melhor ainda: use o que quiser, F...a moda, os modismos..o mais legal da moda é qdo. a entendemos mas descobrimos que não precisamos dela...
Masculino ou feminino? Eis a questão! E que cada um faça a sua opção...(ou não!)
A chique atriz Tilda Swinton sempre cultivou um visual andrógino e é adorada pelos fashionistas
Confesso a vcs que sempre curti essa androginia na moda. Sem qualquer conotação sexual, sem falsa moral,  comecei a me interessar pelo assunto desde que assisti o delicioso Victor ou Victoria, com a Julie Andrews, -esse filme é divertido mas ensina muitas lições pra erradicar os preconceitos..
Já assistiram? É na mesma linha do Tootsie, só que melhor!!!
Geralmente preciso me policiar pra não transformar todos os modelos masculinos com quem trabalho em figuras andróginas, pois nem sempre essa é a imagem que a marca quer passar.Ou o figurino não tem força suficiente pra criar essa imagem e fica fake. É preciso construir uma imagem que convença, que realmente tenha algo a dizer, caso contrário, vc passa uma mensagem vazia e não desperta o interesse de ninguém.
Quando Marc Jacobs dispensou a modelo e ele mesmo tornou-se o simbolo de sua linha de maquiagem, o mundo dos cosméticos femininos virou de cabeça pra baixo: as vendas dispararam!!!
Torço para que as pessoas entendam e aceitem  o que e quem é diferente, que haja respeito, aceitação, profissionalismo (pensem num ambiente de trabalho onde as pessoas ficam se medindo, se cutucando??), que não julguem os outros apenas pela aparência, que não cochichem, debochem ou façam piadinhas sem-graça ao topar com alguém que parece ser "de outra tribo ou galáxia" , que pensem bem no que vão dizer, pois existem palavras que machucam mais do que um tapa.Se não tem nada de bom a dizer, melhor não dizer nada. Chega de violência psicológica, dessa mania de julgar e rotular os outros, as pessoas só querem viver em paz.
E que todos sigam tornando-se quem são.

PS.Algumas fotos eu repeti, são de outros posts, vcs já viram...devia ter mudado,até pq  falo em mudança, mas enfim, sou um ser contraditório...rsss...

terça-feira, 2 de abril de 2013

Um toque de verde esmeralda!

A cor de 2013 é o “verde esmeralda”, de acordo com a Pantone, fornecedora de padrões de cores para empresas de moda e design . A companhia atribui ao tom o poder de fazer crescer a sensação de bem-estar, a intuição inspiradora, equilíbrio e harmonia.
Acho bonito, e vcs?
Essa tonalidade é interpretada também como ligada ao crescimento, renovação, prosperidade, unidade e cura. No que diz respeito à estética, remete à ideia de luxo e sofisticação, já que é inspirada nas pedras preciosas e brilhantes.
Adivinhem se as famosas não correram na frente e apostaram na cor?
Kate Middleton, Angelina Jolie e Katy Perry já aderiram!
Todo ano, a companhia escolhe uma cor que vai dominar o período seguinte, com base em uma ampla pesquisa de influências. Entre os aspectos levados em conta por eles estão a indústria de entretenimento, filmes em produção, coleções de arte, destinos de viagens, artistas do momento e condições socioeconômicas. Obviamente isso não exclui as outras cores em alta,como o preto,o bordô e os tons terrosos, mas preste atenção: ela está em tudo, até em pequenos detalhes, é só olhar ao redor...
Se não fosse o cigarro, eu dava 10 pro look do guri...larga essa porcaria, tchê!


Pequenos toques de cor, tipo uma pincelada verde no look preto, faz toda a diferença!

Na moda, o “verde esmeralda”  está presente tanto na temporada de inverno quanto no verão que passou e pode ser adotado em roupas, acessórios e maquiagem. Essa versatilidade também se dará no tipo de roupas, que poderão ser usadas em ocasiões formais e casuais, por mulheres e homens.
Naomi Watts anunciando troca de estação na capa da Vogue Australia
Nas ruas já pegou: usamos no verão e seguimos com o verde no inverno brasileiro!


Basta um acessório e voilá: sofisticação para a camisa branca!
Na decoração de interiores, a cor confere a sensação de bem-estar e é indicada para pintar paredes e aplicar em acessórios e detalhes. Algumas das partes da casa mais indicadas para dar esse toque são sala de jantar ou estudo, porta de entrada e lavabo. 
Que tal mudar a cor da sala?
Algumas idéias pra acrescentar o verde à decoração...
Aqui, as cadeiras deram o toque moderninho, se são cômodas, não sei...
Well, por enquanto eu só tenho umas plantinhas, mas elas trazem um pouco de verde pra minha casa. Ando pensando seriamente numa bolsa, mas a que eu quero não vai rolar,não...
A não ser que alguma blogueira luxenta resolva sortear uma e eu seja a sortuda da vez!
E aí, colegas que estão no hemisfério norte, quem se habilita a promover um sorteiozinho bem querido no blog?

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Março se foi...

Não sei qto. a vcs, mas tô achando que este ano tá passando muito rápido! Sei lá, ainda ontem estávamos comemorando o réveillon, as férias de verão se foram, agora já foi a Páscoa (no mês de março???) e hoje começa abril, que coisa...
 
Almoço de páscoa ontem, com meus sobrinhos e meu filhote rockeiro: tal qual mamãe, ele adora as músicas do Kiss e qualquer som que lembre rockn´roll!
Essa sensação de que o tempo passa rápido parece mais acentuada qdo. a gente começa a envelhecer, pois eu me lembro que, qdo. era criança, achava que tudo demorava muuuuuito pra acontecer: as férias não chegavam nunca, os 15 anos não chegavam nunca, "ficar mocinha" não chegava nunca, o primeiro namorado não aparecia nunca, o primeiro (e temido) beijo tb não...ahhhh, e durante a doce espera de que "as coisas acontecessem", a vida seguia seu ritmo vagaroso e feliz, como uma lânguida tarde de verão...Era bom ser criança e sonhar com a vida que teríamos um dia, num futuro distante..
Mas o futuro chegou, sem que a gente se desse conta, no rostinho dos pequenos da nossa familia, num belo domingo de páscoa. Eu e meus irmãos, na maior nostalgia, nos olhamos e pensamos a mesma coisa:
Ainda ontem éramos nós três brincando juntos, com a mesma idade deles, e agora, já todos na casa dos 40, nem sabemos ao certo o que foi feito dos nossos sonhos...